Uma alma que sangra quando ninguém vê.

Andava distraído sem saber o que fazer ou o que não fazer. Essa inconstância e bipolaridade sentimental contita em todos a sua volta - mas principalmente em si mesmo - lhe fazia borbulhar o estômago e doer os membros. Como de costume de todos, usava algo para fugir desses momentos - os quais jurava, e desejava, ser apenas devaneios de sua mente tão desocupada. Ligou o som sem saber a música que tocaria. Começou a escutar, e para o triste fim dele mesmo, a música era lenta, melancólica, e só o fazia sentir pena de si - mas o prato para hoje era coragem e indiferença. Muda a música, troca o pen drive, escolhe um cd. Enquanto ouve a melodia seu coração bombeia sangue para todos os membros de seu corpo numa voracidade frenética com a qual tenta mostrar quem manda em quem. O CD termina, mas o que fica não é um corpo quente e acelerado, mas sim um coração que dói, que sangra à procura de explicações; um corpo cansado de se enganar. Um corpo cansado de tentar. Um corpo, uma carcaça.
E onde ficou a alma? Apenas espalhada entre diversas tantas pessoas que já passaram, marcaram ou não, presenciaram ou não, sua vida... E apenas, enquanto houver dias e noites, os suspiros acontecerão, e, como sempre, ele se levantará e verá que tudo não passou de um devaneio. Ele se levantará e pegará a carcaça, a encherá de órgãos, desejos, esperanças, lembranças - algumas apagadas que hora ou outra resolvem voltar- , medo, angustia, e um pouco, apenas um pouco,
de vida.

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Texto novo procês meu povo *O*
Meio melancólico (ou bem melancólico) mas tá valendo (?)
Fazia tempo que tava sem inspiração pra escrever, então... =B
mas tentarei fazer um próximo melhor o/

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