Saudade

Olá!
Caros e estimados e quase inexistentes leitores, gostaria de desculpar-me pela ausência como blogueira, mas é que este ano, tal ofício não me convém com tamanha facilidade com que me convinha em anos anteriores. Preciso focar-me mais em matérias diversas, para que possa adentrar numa boa faculdade, e aí sim -espero eu- poder estudar o que gosto. O texto de hoje reinicia esse blog anteriormente parado por ataques alienígenas. ^^
O texto fala sobre saudade, um sentimento bom, às vezes triste, um sentimento que pode nos fazer apenas lembrar ou, ainda, nos fazer refletir. Escrevi ano passado, por isso pude atualizar o blog, esse ano eu realmente não fiz muitos textos... por enquanto estou utilizando alguns que não publiquei ainda...
Estou pensando em fazer uma série de textos sobre a sociedade, e vários assuntos que estão envolvidos neste meio, se assim o tempo me permitir.
Boa leitura, espero que gostem e comentem *--* Adoro comentários hahahaha
Beijos açucarados e melados de mel. =**
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Saudade

Quem dera aquele tempo voltasse, aquelas risadas sem motivos nunca passassem.
Quem dera eu nunca tivesse esquecido teu nome, quem dera tivéssemos aproveitado mais. Caminho calmamente por entre as calçadas sujas da cidade grande.
O barulho do trânsito me norteia a alma e faz-me refletir um pouco sobre a vida.
O sol ardente no asfalto me tira o fôlego e acelera meus passos.
Caminho em busca de algo, mas não sei do que. Caminho buscando satisfação, compreensão e reciprocidade, mas não sei se encontro. Cartas antigas, não velhas, são achadas embaixo de meu colchão já com o molde de meu corpo. As leio silenciosamente. Algumas lágrimas escorrem. Lembro do tempo que passou esquecido. Lembro dos nomes que já me fugiam à mente. Lembro dos amigos inseparáveis que se separaram. Lembro da promessa jamais cumprida. Lembro das fotos, das brincadeiras, dos tapas e de todo o mais que não dá para se guardar em uma folha de papel. Lembro como se fosse o presente, um presente que ao abrir os olhos se tornará passado, mas um passado longínquo de ser verdadeiramente esquecido.
A saudade, este tão nobre sentimento, muitas vezes deixa de existir, pelo simples fato de nossas vidas terem tomado rumos e sentidos diferentes. A saudade é relembrada com gestos ou palavras simples, com cartas, com objetos, com risadas escutadas à distância... a saudade é lembrada quando deixamos de nos importar apenas conosco, e passamos a nos perguntar como deve estar aquela pessoa talvez esquecida por nós. Se parássemos um pouco, veríamos que a saudade só existe porque permitimos sua existência. Poderíamos procurar encontrar sempre a quem gostamos, poderíamos telefonar, e não nos deixarmos limitar por essas tão invasivas tecnologias, pelas quais não se vê verdadeiramente um sorriso. Pelas quais, dificilmente paras para escutar a voz, para apreciar o olhar e movimentar de alguém. Deveríamos olhar olho no olho, falar e não digitar, ouvir e não ler, deveríamos nunca nos deixar esquecer.

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