Aquele, não este.

Aquela dor insuportável de perda de quem ainda não perdeu.
Aquele amor insuportável que ainda não se sentiu.
Aquela flor, com um cheiro nunca cheirado.
Aquela vida, de um viver nunca vivido.
É por aquilo e não por isto, que sigo vivendo
É bom por mim, não só por mim, mas por aquilo que sigo assim
Tento mudar, criar um contratempo, uma história, talvez um invento
Tento sentir, tento criar, tento participar
Mas quem quer tentar? Quem pode tentar? Este ou aquele?
Aquele de querer participar, já participando.
Aquele de ouvir, já escutando.
Aquele alí, Aquele lá, aquele, não mais este nem outro, simplesmente aquele.
Aquele sentimento inesperado, inalcansável, inatingível que um dia foi sentido e nem se sabe como ou porquê.
Aquela história que uma vez contada, virou feliz para sempre de tantas outras.
Aquele sorriso que uma vez visto, nunca mais esquecido foi.
Aquele olhar... ah!... aquele olhar, quem me dera voltar a vê-lo, voltar a entendê-lo.
Falar em entender... não basta entender aquele, muito menos este.
Deve entender-se.
Mas...
Quem entender-se-a se o que está entendido não é um terço do pretendido?
Entender-se sem limitar-se, entender-se é encontrar-se mesmo sem realmente ter entendido aquilo. Não isto, aquilo.
Por que isto... isto é próximo, isto é entendível. Mas aquilo, bem... aquilo é outra história. OUtro instante.
Outros amores e romances. Outras manias. Aquilo é mais distante... Aquilo pode ser o agora. Eu quero alcansar aquilo, pois isto, ah! este eu já alcansei.

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Uma alma que sangra quando ninguém vê.

Andava distraído sem saber o que fazer ou o que não fazer. Essa inconstância e bipolaridade sentimental contita em todos a sua volta - mas principalmente em si mesmo - lhe fazia borbulhar o estômago e doer os membros. Como de costume de todos, usava algo para fugir desses momentos - os quais jurava, e desejava, ser apenas devaneios de sua mente tão desocupada. Ligou o som sem saber a música que tocaria. Começou a escutar, e para o triste fim dele mesmo, a música era lenta, melancólica, e só o fazia sentir pena de si - mas o prato para hoje era coragem e indiferença. Muda a música, troca o pen drive, escolhe um cd. Enquanto ouve a melodia seu coração bombeia sangue para todos os membros de seu corpo numa voracidade frenética com a qual tenta mostrar quem manda em quem. O CD termina, mas o que fica não é um corpo quente e acelerado, mas sim um coração que dói, que sangra à procura de explicações; um corpo cansado de se enganar. Um corpo cansado de tentar. Um corpo, uma carcaça.
E onde ficou a alma? Apenas espalhada entre diversas tantas pessoas que já passaram, marcaram ou não, presenciaram ou não, sua vida... E apenas, enquanto houver dias e noites, os suspiros acontecerão, e, como sempre, ele se levantará e verá que tudo não passou de um devaneio. Ele se levantará e pegará a carcaça, a encherá de órgãos, desejos, esperanças, lembranças - algumas apagadas que hora ou outra resolvem voltar- , medo, angustia, e um pouco, apenas um pouco,
de vida.

- // -

Texto novo procês meu povo *O*
Meio melancólico (ou bem melancólico) mas tá valendo (?)
Fazia tempo que tava sem inspiração pra escrever, então... =B
mas tentarei fazer um próximo melhor o/

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Nas Matas Verdes do Brasil

Nas matas verdes de meu Brasil
No ardente sol que banha nosso rio
No orgulho de raças feitas em nação
No ritmar do axé e olodum
Está preso meu coração

Navio Negreiro, Zumbi, meu Quilombo dos Palmares!

O guerreiro clama! Declama! Chora por teus ares
E onde estás meu Brasil Brasileiro
Que a estes povos fecham os mares

A macaxeira, mandióca e tapioca
O axé do afoxé
Reúne o povo que clama a liberdade
Neste país que a todos que se despede
Deixa a saudade

Do berimbal ao indígena natural
A flecha, caça e cacique
Todos reunidos num símbolo cultural

Buscando na fé, na fala e na ação
As forças inestimáveis da natureza
Com pinturas e cortes no corpo
Que expressam sua verdadeira beleza

onde da dança da chuva ao cateretê
todos se reúnem como nação dentro da nação

E nesta minha nação
Todos clamam em uma só voz
Aceite a hegemonia de teus irmãos!
Meu Brasil de cidadãos reunidos
Meu Brasil de caras e cores
Que já não nos deixa sós

-//-

Poesia que escrevi para uma apresentação do colégio =P

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