Espetáculo da Vida

Sempre que penso em perder meu tempo com coisas vãns
É porque já o perdi com coisas que julgava importante,
mas só depois vi que não valia a pena.
Sempre que penso estar tudo bem, é porque está.

Momentos, segredos, sorrisos, pessoas e pessoas.
O mundo vive das emoções. E nós, bonecos usados por elas, criamos todo o espetáculo que encanta, comove, agrada ou desegrada a platéia. Que seríamos de nós, pobres mortais, se vivêssemos a melancolia da monotonia, sem o vai e vem dos atores, sem as falas projetadas ou pensadas no instante? Seríamos pobres. Pobres de alma, pobres de ação. Poderíamos não provar da ilusão, mas sofreríamos a melancolia da repetição.

Portanto, vivemos, sofremos, choramos, encantamos, regozijamos, encenamos, apertados, encaramos, encaixamos, distanciamos, e até damos adeus em prantos ou sorrisos interiores disfarçados; apenas porque fazemos parte do espetáculo, da sociedade, da vida. Apenas porque existe um eu e um você, um eu e um vocês.

Um eu e um aqueles.

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